Os ministros da CEDEAO reúnem-se para a 5ª sessão ordinária do Comité Ministerial de Acompanhamento da GIRH na África Ocidental

O Comité Ministerial de Acompanhamento da Gestão Intercalada dos Recursos Hídricos (GIRH) na África Ocidental reúne os ministros responsáveis pelos recursos hídricos dos 15 Estados membros da CEDEAO para a sua 5ª sessão ordinária, sexta-feira, 28 de junho de 2024, em Abuja.

A reunião ministerial segue-se à 11ª Sessão Ordinária do Comité Técnico Consultivo (CTA), recentemente concluída, que abordou questões críticas para promover a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (GIRH) e o desenvolvimento sustentável na África Ocidental. A reunião abordou temas como o projeto de diretiva sobre a gestão dos recursos hídricos partilhados na região, o desenvolvimento de infra-estruturas hidráulicas, a promoção de novas organizações de bacias transfronteiriças, a criação de um Fundo para a Água da África Ocidental e a Iniciativa Regional para o Desenvolvimento, Resiliência e Valorização dos Recursos Hídricos (DREVE).

O DREVE é um programa ambicioso e inovador liderado pela CEDEAO e outras organizações de integração regional da África Ocidental, nomeadamente a UEMOA e o CILSS, com o apoio financeiro do Banco Mundial. Espera-se que a sua implementação melhore significativamente o desenvolvimento sustentável na região.

No seu discurso de abertura, o Sr. Sediko Douka, Comissário da CEDEAO para as Infra-estruturas, Energia e Digitalização, reafirmou o compromisso da CEDEAO para com a cooperação sub-regional, que está enraizada na visão política partilhada de todos os Estados membros, tal como expresso na “Declaração de Ouagadougou” de 1998. Esta declaração tem orientado com sucesso os esforços na gestão integrada dos recursos hídricos durante quase três décadas.

O Sr. Douka fez uma analogia entre os sectores da água e da energia no que diz respeito ao acesso, destacando-o como um dos maiores desafios. Sublinhou a necessidade de acelerar a implementação de projectos concretos para o acesso à água e ao saneamento. Consequentemente, foi criado um programa regional para fornecer água potável às zonas rurais e periurbanas. “Estamos a contar com os nossos parceiros técnicos e financeiros para nos apoiarem neste processo”, afirmou

Antes de declarar aberta a reunião, o Engr. Prof. Joseph Terlumun Utsev, Ministro dos Recursos Hídricos e Saneamento da Nigéria, sublinhou a necessidade de união entre os Estados membros para alcançar o crescimento do desenvolvimento e gerir os recursos hídricos da sub-região, tanto superficiais como subterrâneos. “Há um ditado que diz que ‘o trabalho de equipa faz o sonho funcionar'”, acrescentou, “e isto também pode ser dito sobre a nossa sub-região”.

O Engr. Utsey destacou a abundância de recursos hídricos em toda a sub-região, observando que, se devidamente aproveitados e coordenados, estes recursos poderiam servir como pedra angular para o crescimento do desenvolvimento, com um impacto positivo na saúde, educação, turismo, segurança alimentar e energia. No entanto, advertiu que a falta de uma coordenação adequada poderia levar ao subdesenvolvimento e a conflitos entre países, uma vez que as actividades de um país a montante poderiam representar perigos para as nações a jusante.

“A sub-região tem um grande potencial e, trabalhando em conjunto, podemos enfrentar os nossos desafios – desde as alterações climáticas, a pobreza e o desemprego até à desigualdade e muito mais”, afirmou.