A Representante cessante do Banco Mundial na Nigéria, Sr.ª Marie Francoise Marie-Nelly prestou uma brilhante homenagem à CEDEAO por esta ter mantido a dinâmica da integração assim como as iniciativas de colaboração com essa instituição financeira mundial.
Ao ser recebida por Sua Excelência o Senhor Kadré Désiré Ouédraogo a 18 de junho de 2015, em Abuja, a Representante do Banco Mundial congratulou-se com a entrada em vigor da Tarifa Externa Comum (TEC) e os progressos em curso com o Acordo de Parceria Económica entre a União Europeia (UE) e a África Ocidental.
“Vim despedir-me do Presidente (da Comissão da CEDEAO) porque estou praticamente a concluir o meu mandato na qualidade de Representante Residente do Banco Mundial na Nigéria e a partir para a região do Magreb. O Banco Mundial e a CEDEAO desenvolveram uma relação e uma parceria muito fortes e assentes numa matriz de ação nas áreas importantes em que decidimos trabalhar em conjunto, sendo algumas dessas áreas o comércio e a integração”, disse a Representante.
Em aditamento à sua alocução sobre os prémios da cooperação CEDEAO-Banco Mundial, a Sr.ª Marie-Nelly salientou que o seu Banco e a CEDEAO estavam muito empenhados no desenvolvimento da agricultura. Mostrou-se satisfeita com os resultados alcançados até à altura, tanto mais que existia um acordo de que o Banco Mundial se iria envolver ativamente nos Estados-membros e a nível regional.
Ao identificar a agricultura como sendo uma área importante para a cooperação, apontou para o desenvolvimento de fertilizantes e de sementeiras onde foram registados alguns resultados que pudessem facilitar o comércio na Região. Assim, aguarda-se uma assistência do Grupo de Energia da África Ocidental. A Libéria e Côte d’Ivoire são os exemplos mais recentes de onde essa cooperação já está a dar frutos e, segundo essa Representante do Banco Mundial, acredita-se que, estando já implantada a rede, ambas as partes poderão trabalhar para garantir que as companhias de produção de energia tenham o vigor e a capacidade de apoiar o comércio.
A Representante do Banco Mundial desvendou ainda as vertentes financeiras e técnicas das contribuições do seu banco para o projeto de integração da CEDEAO salientando que o banco está a trabalhar com os Estados enquanto entidades nacionais e a nível regional, tendo este último nível sido atribuído uma verba de cerca de 2,5 biliões.
Por ter considerado esse valor como sendo bastante significativo, revelou que uma grande parte do mesmo será dedicada ao apoio aos projetos de infraestrutura tais como o do corredor Abidjan-Lagos. Acrescentou que o Banco Mundial não concede apenas financiamento mas também presta muita assistência técnica.
O Banco Mundial e a CEDEAO têm trabalhado em estreita colaboração ao nível do controlo do Ébola enquanto concediam assistência a novas áreas tais como a educação e a construção de Centros de Excelência a nível regional. Até à data presente, cerca de dez países participam nesse programa, do qual se espera uma ajuda real no desenvolvimento da capacidade que elevará os esforços pela integração na África Ocidental ao próximo patamar.
Ao falar ainda da solidariedade do seu Banco para com a CEDEAO que comemora o seu quadragésimo aniversário, a Representante do Banco Mundial recordou que foi ela quem tinha iniciado o desenvolvimento da integração regional para a África subsaariana no Banco Mundial. Acrescentou que aquele primeiro esforço deu origem à atual sinergia entre o Banco Mundial e a CEDEAO.
Em reafirmação da sua satisfação com o lançamento da TEC, alimentou a esperança de que a livre circulação de bens, pessoas e serviços assim como o regime de isenção de visto seriam mais bem facilitados na Região, aditando que, pelos passos gigantescos dados graças às ligações aéreas, a CEDEAO deve ajudar a proporcionar à África Ocidental melhor acesso ao mercado.
“Direi que a circulação de pessoas, a TEC e a união aduaneira foram implementados numa altura em que estamos a contemplar cadeias de valor mundiais. Importa que, quando a África Ocidental concorre no mercado mundial, não se veja apenas Togo, Benim ou outro Estado-membro mas sim a África Ocidental no seu todo. A Comunidade tem o potencial para fazê-lo. Tal é a minha esperança para a África Ocidental”, acrescentou a Representante do Banco Mundial.
O Presidente Ouédraogo agradeceu à Representante cessante do Banco Mundial a sua visita de despedida, afirmando que aquela visita lhe deu a oportunidade de apresentar os calorosos agradecimentos da Comissão ao Banco Mundial pela excelente cooperação entre ambos.
Louvou o empenho pessoal da Sr.ª Marie-Nelly na promoção da cooperação na África Ocidental através do seu projeto predileto – diálogo anual entre grupos regionais nos Estados-membros em prol da promoção de projetos regionais. Sob a sua superintendência, o Banco permaneceu totalmente empenhado em setores tais como a energia, as infraestruturas, o transporte aéreo, a agricultura, a educação assim como na implementação da Estratégia do Sahel.
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