IMULAÇÃO DA CIBER DIPLOMACIA DA CEDEAO: REFORÇAR A COLABORAÇÃO E A SEGURANÇA DIGITAL
08 Jun, 2024A Comissão da CEDEAO, em parceria com o Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, a União Europeia, a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e a Fundação Diplo, organizou um workshop sobre simulação da ciber diplomacia.
O evento reuniu representantes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros dos Estados membros da CEDEAO em Acra, Gana, de 5 a 7 de junho de 2024.
Este seminário de simulação sobre Ciber-Diplomacia marca a continuação fundamental da iniciativa “Plataforma Conjunta para o Avanço da Cibersegurança na África Ocidental”.
O seu principal objetivo é melhorar a compreensão das questões e processos críticos relacionados com o ciber-espaço, na medida em que contribuem para a paz e a segurança internacionais, reforçando simultaneamente as capacidades da ciber-diplomacia dos participantes. A simulação incluiu exercícios em áreas temáticas como a aplicação do direito internacional no ciber-espaço, normas, medidas de reforço da confiança e reforço de capacidades, todos centrados nas “Negociações do Grupo de Trabalho Aberto das Nações Unidas sobre a segurança das e na utilização das tecnologias da informação e das comunicações 2021-2025”.
Na sua intervenção no seminário, o Embaixador Baba Gana Wakil, Representante Residente da CEDEAO no Gana, falou em nome da Sua Excia. Sédiko Douka, Comissário da CEDEAO para as Infra-estruturas, Energia e Digitalização, sublinhou a importância crucial da ciber-diplomacia no mundo interconectado de hoje. A região está a passar por uma rápida transformação digital e as ameaças cibernéticas transcendem as fronteiras nacionais, exigindo a colaboração entre os Estados Membros da CEDEAO. Ele salientou que a ciber-diplomacia permite que os diplomatas formem alianças, partilhem informações sobre ameaças e elaborem estratégias colectivas para se protegerem contra ciber-ataques. O envolvimento em diálogos internacionais permite à CEDEAO moldar as políticas cibernéticas globais, garantindo um futuro digital seguro e equitativo. Em conclusão, afirmou que ao abraçar a ciber-diplomacia, a CEDEAO, reafirma o seu compromisso de salvaguardar as nações, promover os interesses económicos e fomentar a cooperação global.
Sua Excelência Sivine Jansen, Chefe de Missão Adjunto da Embaixada da Alemanha, em representação do Embaixador da Alemanha na República do Gana, realçou que, à medida que os desafios da ciber-segurança se tornam cada vez mais complexos, as capacidades de negociação e os conhecimentos dos diplomatas sobre as questões de cibersegurança necessitam de uma atualização contínua para responder às realidades do mundo atual. Isto implica refletir a dinâmica do mundo real e enaltecer a importância da ciberdiplomacia para a paz e a segurança. Reafirmou que o seminário tem como objetivo colmatar lacunas, criar confiança e capacitar os diplomatas para moldar a agenda regional emergente em matéria de cibersegurança, incluindo a nível mundial.
Os participantes foram encorajados a tornarem-se multiplicadores da ciber-diplomacia, partilhando conhecimentos com os colegas nacionais e os homólogos regionais.
Com as questões cibernéticas e digitais a ganharem proeminência nas agendas dos negócios estrangeiros, a formação prepara os diplomatas para desempenharem um papel significativo na abordagem dos desafios da cibersegurança. Salientou a necessidade de nos unirmos para reforçar as capacidades cibernéticas, uma vez que a África Ocidental pretende dar contributos valiosos para os debates sobre ciber-segurança a nível mundial.
Os exercícios de simulação foram conduzidos pelo Senhor Ljupčo Gjorgjinski, Membro Sénior da Diplomacia Científica e Tecnológica da Fundação Diplo e antigo Presidente do Grupo de Peritos Governamentais (GGE) sobre Armas Autónomas Letais (LAWS) formado ao abrigo da Convenção sobre Certas Armas Convencionais (CCW).
O exercício de simulação foi concluído com os participantes encorajados a demonstrar um esforço unido na abordagem dos desafios da cibersegurança, abrindo caminho para uma região da CEDEAO mais segura e interligada.