A CEDEAO une 11 estados-membros em um histórico torneio africano de luta com inclusão de género
08 Mar, 2025O 13.º Torneio Africano de Luta da CEDEAO (TOLAC) teve início oficialmente hoje, 6 de março de 2025, no Velódromo do Estádio Nacional MKO Abiola, em Abuja, Nigéria, reunindo lutadores de 11 Estados-membros da CEDEAO numa demonstração de força, património e unidade. Este torneio é particularmente significativo, pois marca a primeira inclusão de lutadoras, reforçando o compromisso da CEDEAO com a igualdade de género e a promoção dos desportos tradicionais como uma força unificadora para a África Ocidental. Organizado em nome da CEDEAO pelo seu Centro de Desenvolvimento da Juventude e do Desporto (EYSDC), em colaboração com a Comissão Nacional de Desportos (NSC) da Nigéria, o torneio é um evento central nas celebrações do 50.º aniversário da CEDEAO, refletindo a missão mais ampla da organização em fomentar a integração regional através da cultura, do envolvimento juvenil e da diplomacia desportiva.
Ao declarar o torneio aberto, o Presidente da Comissão Nacional de Desportos, Mallam Shehu Dikko, elogiou a CEDEAO pelo seu empenho em usar o desporto como ferramenta de integração regional. Enfatizou o orgulho da Nigéria em acolher o TOLAC pela primeira vez, descrevendo-o como um passo importante no fortalecimento da participação juvenil e no desenvolvimento económico através do desporto. Declarou: “A luta tradicional é um símbolo do nosso património, um desporto que nos une enquanto povo. Este torneio não só celebra a nossa identidade partilhada, mas também proporciona uma via para os nossos atletas se destacarem, se desenvolverem e obterem reconhecimento internacional.”
Em representação da Comissão da CEDEAO, o Director do Centro de Desenvolvimento da Juventude e do Desporto da CEDEAO, Embaixador Francis Chuks Njoaguani, fez um discurso em nome da Comissária da CEDEAO para o Desenvolvimento Humano e Assuntos Sociais, Prof. Fatou Sow Sarr. Destacou o papel estratégico do torneio na promoção do desenvolvimento juvenil e da inclusão de género, afirmando: “Pela primeira vez na história, damos as boas-vindas a atletas femininas neste torneio de prestígio, quebrando barreiras e criando um precedente para a inclusão de género nos desportos tradicionais. Este é um momento definidor para o desporto da África Ocidental, e a CEDEAO tem orgulho em liderar este caminho.”
Salientou ainda a importância da diplomacia desportiva, sublinhando que a CEDEAO vê a luta tradicional não apenas como uma competição, mas como um património cultural que deve ser preservado e elevado. Acrescentou: “O desporto é uma ferramenta poderosa para a construção da paz, o empoderamento económico e a cooperação regional. Ao investir na luta tradicional,
estamos a investir na nossa juventude, no seu futuro e na unidade contínua dos nossos Estados-membros.”
A cerimónia de abertura deu início a uma competição de três dias que promete ser emocionante, fundindo a rica tradição da luta africana com uma visão renovada para o desenvolvimento desportivo na região. Atletas de 11 países da CEDEAO marcharam orgulhosamente com as suas bandeiras nacionais, mostrando o seu património cultural. A tocha do torneio foi acesa num ato simbólico que marcou o espírito de competição e de unidade regional. Demonstrações de luta tradicional apresentaram técnicas únicas de cada país participante, destacando a profundidade de talento e diversidade na luta da África Ocidental. Actuações culturais celebraram o rico património artístico da CEDEAO, com apresentações de grupos musicais nigerianos e regionais.
Após a cerimónia de abertura, a primeira ronda de combates teve início, com os lutadores a competir em várias categorias de peso, seguindo um formato de eliminação por equipas. A final será realizada a 8 de março.
A CEDEAO introduziu prémios monetários significativos para motivar os atletas e elevar o prestígio da competição. A equipa vencedora receberá 10.000 dólares, a equipa em 2.º lugar receberá 6.000 dólares, e a equipa em 3.º lugar receberá 3.000 dólares. Os vencedores individuais também serão premiados, com os medalhados de ouro a receber 2.500 dólares, os medalhados de prata a receber 1.500 dólares e os medalhados de bronze a receber 1.000 dólares.
Além da competição, o Torneio Africano de Luta da CEDEAO serve um propósito maior: avançar a visão estratégica da organização para o desenvolvimento, a inclusão e a construção da paz. Através desta iniciativa, a CEDEAO pretende promover os desportos tradicionais africanos a nível global, garantindo um reconhecimento a longo prazo e investimentos institucionais. O torneio também procura criar emprego e oportunidades económicas para os atletas e profissionais do desporto, assegurando carreiras sustentáveis na luta. Além disso, visa fortalecer a diplomacia regional e a cooperação, promovendo laços mais fortes entre os Estados-membros através da troca cultural e do espírito desportivo.
O Director do Centro de Desenvolvimento da Juventude e do Desporto da CEDEAO, Embaixador Francis Chuks Njoaguani, também sublinhou a importância do desporto como um facilitador económico, apelando aos governos e ao setor privado para investirem nos desportos tradicionais. Declarou: “A Visão 2050 da CEDEAO visa promover uma região onde a cultura, a economia e o desenvolvimento estejam alinhados. O desporto deve fazer parte desta conversa, garantindo que os jovens atletas tenham oportunidades além da competição. A luta tradicional não é apenas um desporto—é um modo de vida, um caminho profissional e uma ponte para o reconhecimento internacional.”
A CEDEAO tem dado uma grande ênfase à cobertura mediática, apelando aos jornalistas e emissoras para maximizar a visibilidade do torneio em toda a África Ocidental e além. A organização incentiva os profissionais da comunicação a contar as histórias de resiliência, excelência e unidade que emergem da competição, garantindo que a luta africana ocupe o seu devido lugar no palco global.
À medida que o 13.º Torneio Africano de Luta da CEDEAO continua, os próximos dias prometem confrontos emocionantes, celebrações culturais e momentos inesquecíveis. Este torneio representa uma realização marcante na missão da CEDEAO de unir tradição e progresso, provando que a integração regional não é apenas uma visão, mas uma realidade vivida. Com uma forte representação de 11 Estados-membros, um passo histórico na inclusão de género e um compromisso inabalável com a preservação cultural, o TOLAC 2025 está destinado a deixar um impacto duradouro no desenvolvimento desportivo africano.