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A CEDEAO apelou ao Burkina Faso, ao Mali e ao Niger a darem prioridade ao dialogo e a reconciliação no que concerne a sua potenciail retirada da comunidade

09 Fev, 2024

O órgão regional, que assumiu esta posição no final da sua sessão extraordinária do Conselho de Mediação e Segurança (CMS) a nível ministerial, que teve lugar em Abuja, Nigéria, a 8 de fevereiro de 2024, sublinhou a necessidade crítica de diplomacia e unidade face aos desafios regionais.

 

No final da sessão, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria e Presidente do CMS, Embaixador Yusuf Tuggar, afirmou que a decisão do Burkina Faso, do Níger e do Mali de se retirarem da comunidade constitui mais um desafio, mas que os membros estão encorajados pelo espírito de cooperação para resolver este desafio que defende os valores da comunidade.

 

O mesmo crescentou que “temos de levar adiante a dinâmica gerada nesta sessão e prosseguir os nossos esforços para dialogar com os Estados-Membros em causa num espírito de compreensão e reconciliação”.

 

O Embaixador Tuggar sublinhou o impacto negativo que a retirada do Burkina Faso, do Mali e do Níger poderá ter sobre os seus cidadãos.

 

O Embaixador Tuggar sublinhou que “a decisão destes três países de se retirarem  da CEDEAO não só poderá acarretar dificuldades para as suas populações, como também comprometer os esforços de integração regional”.

 

Reforçou ainda o compromisso da CEDEAO com o diálogo, a diplomacia e a reconciliação como a base da sua abordagem para a resolução de conflitos no seio da comunidade.

 

Abordando as implicações de tais decisões no processo de integração em geral, o Embaixador Tuggar caracterizou-as como um pequeno retrocesso em vez de uma rutura absoluta da integração africana. Ele enfatizou a considerável circulação e interconexão de pessoas dentro da região da CEDEAO, enfatizando a dimensão das atuais concretizações no seio da integração, apesar das dificuldades atuais.

 

Para além da integração regional e da diplomacia, a sessão do Conselho centrou-se na urgente questão do terrorismo. Uma decisão importante foi o apelo à mobilização da Força de Intervenção da CEDEAO para combater a ameaça existencial do terrorismo que paira sobre a comunidade, incluindo no Burkina Faso, Mali e no Níger. Apesar da imposição das sanções, a CEDEAO continua a apoiar estes países nos seus esforços de luta contra o terrorismo.

 

O Presidente da Comissão da CEDEAO, S. Excia. o Dr. Omar Alieu Touray, afirmou que a CEDEAO continua empenhada em corresponder às aspirações dos seus cidadãos no sentido de uma governação responsável e democrática.

 

“Passámos de uma CEDEAO dos Estados para uma CEDEAO dos povos, onde as exigências de governação democrática e de transparência são primordiais”, declarou o Dr. Touray. Ele sublinhou a dedicação da organização em promover estes ideais em todos os estados-membros.

 

No final da sessão, a CEDEAO reiterou a sua dedicação em promover a boa governação, fortalecer as instituições e garantir o bem-estar dos seus cidadãos. A comunidade mantém-se unida nos seus esforços de diálogo, reconciliação e luta contra o terrorismo, incorporando o espírito de cooperação e unidade que define a CEDEAO.

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